Professor
Carlos Felipe Moisés
Envolvido com o projeto desde o primeiro 1986, dando entrevistas também no Mensagem 2 e 3.
“Considero Mensagem não a, mas uma das chaves para a compreensão da obra complexa, heterogênea e enigmática do poeta dos heterônimos: é seu único livro orgânico e definitivo, em que ele se empenhou a vida toda e que chegou a publicar. O restante ficou disperso ou inacabado, em grande parte inédito, e nunca foi organizado em forma de livro, por ele próprio. Além disso, Mensagem une os extremos: o particular, a história de Portugal, e o universal, uma visão de mundo que pôde repercutir, por exemplo, em adolescentes brasileiros nos anos 1950. E continua a repercutir, hoje, em leitores de qualquer idade.”
Carlos Felipe Moisés (São Paulo − SP, 1942) publicou A Poliflauta de Bartolo, seu primeiro livro de poesia, em 1960. Entre 1962 e 1994 colaborou nos jornais Folha de S. Paulo, Jornal da Tarde, O Estado de S. Paulo e nas revistas Istoé e Visão, principalmente como crítico literário. Formou-se em Letras, pela USP, em 1965. Entre as décadas 1970 e 1990. publicou diversos livros de ensaios, entre os quais Literatura para Quê? e Poesia e Realidade. Em 1972, terminou o doutorado em Letras e tornou-se professor de Literatura Portuguesa e Brasileira na USP. Entre 1978 e 1983, foi professor de Literatura Portuguesa e Brasileira da Universidade da Califórnia (EUA). Na década de 1980 publicou os livros O Poema e as Máscaras e Poética da Rebeldia, além de traduzir diversas obras, como O Que é Literatura?, de Jean-Paul Sartre. Em 2000 organizou, com Álvaro Alves de Faria, a Antologia Poética da Geração de 60. Sua obra poética inclui A Tarde e o Tempo (1964), Círculo Imperfeito (1978), Subsolo (1989), Lição de Casa & Poemas Anteriores (1998), entre outros.